quinta-feira, 9 de julho de 2009

O que esperar do circuito masculino no segundo semestre


Até meados de maio, o circuito masculino de tênis parecia que "dançava conforme a música". Rafael Nadal começou o ano melhor do que de costume, conquistando o título do Aberto da Austrália, e um mês depois triunfando no Masters 1000 de Indian Wells. Em seguida começou a temporada européia em quadras de saibro, aonde, inicialmente, ele fez jus ao favoritismo, conquistando três títulos consecutivos, no Masters 1000 de Monte Carlo, ATP 500 de Barcelona e Masters 1000 de Roma.
Porém, à partir de maio começaram as baixas para o espanhol, à começar pela derrota na final do Masters 1000 de Madri diante do seu rival, Roger Federer. Em seguida, no torneio de Roland Garros, o espanhol conheceu uma das mais dolorosas derrotas de sua carreira. Em jogo válido pela fase oitavas de final, ele não conseguiu segurar o ímpeto do sueco Robin Soderling, que esteve com o saque, e, sobretudo com o seu forehand, afiados, e foi derrotado por três sets a um. Vale lembrar que esta foi apenas a sua primeira derrota no charmoso evento francês.
Com Nadal fora da jogada, Federer soube aproveitar a oportunidade, para enfim conquistar, e digo que com todos os méritos, o único Grand Slam que faltava em sua coleção, e, ainda por cima, igualar o norte-americano Pete Sampras em títulos de Grand Slam, com 14 conquistas.
Após o torneio, Nadal revelou sofrer com uma tendinite no joelho, e, alguns dias depois, desistiu de defender o título do torneio de Wimbledon.
Mais uma vez sem a presença do até então número 1 do mundo, Federer soube lidar com o seu emocional, e, pela sexta vez em sete anos, conquistou a taça em Wimbledon, desta vez em uma batalha épica diante do norte-americano Andy Roddick, decidida apenas com 16x14 no quinto set. Com a conquista, além de se tornar isoladamente o maior campeão de Grand Slam de todos os tempos, Roger Federer recuperou o posto de número 1 do mundo, posição que não ostentava desde agosto de 2008.
Após este primeiro semestre, algumas perguntas ficaram no ar. Primeiro, em relação à Nadal, será que o touro espanhol voltará com força total após o a recuperação de seu joelho? Vale destacar que neste período do ano, por se tratar de torneios em quadras duras, a tendência é de que este tipo de superfície castigue ainda mais o joelho do espanhol. Por outro lado, acredito em sua total recuperação, até mesmo pelo fato de ele ser jovem, ainda que admito que ele deverá fazer algumas adaptações ao seu jogo, excluindo aos poucos as freadas bruscas, para evitar que tenha um fim triste, assim como Gustavo Kuerten.
Quanto ao Federer, obviamente que a tendência é de que ele esteja ainda mais solto. Ele já tirou uma enorme pressão das costas ao conquistar em Roland Garros o único Grand Slam que faltava em sua coleção, e, após recuperar o troféu em Wimbledon, ele mudou consideravelmente o rumo desta temporada.
Resta saber agora se algum outro tenista conseguirá enfrentar de igual para igual os gênios Federer e Nadal. Andy Murray, ainda que oscile em determinados momentos, já provou que tem cacife para brilhar. É um jogador versátil, de técnica apurada, e que conta com um excelente jogo de defesa. Novak Djokovic fez até antes de Roland Garros, uma boa temporada em quadras de saibro. No evento francês decepcionou ao cair na terceira rodada. Depois acumulou um vice-campeonato na grama de Halle, e as quartas de final em Wimbledon. É um jogador de golpes potentes, e que com a cabeça no lugar certamente duelará igualmente com todos. Juan Martin Del Potro, na minha opinião tem tudo para fazer um final de temporada espetacular, e garantir pelo segundo ano seguido, a vaga na Masters Cup, já que atuará na superfície que mais aprecia, e aonde o seu jogo rende mais. Em Roland Garros ele deu mostras de que veio para ficar, quando perdeu para Federer apenas nos detalhes. Destaco ainda, a sua vitória diante de Nadal no Masters 1000 de Miami, no começo do ano. Por fim, Andy Roddick mostrou à todos que é um tenista renovado. Digo isso não somente pelas dificuldades que causou para Federer na final de Wimbledon. Ele ainda alcançou pela primeira vez as oitavas de final em Roland Garros. Tudo isso é fruto do trabalho com o treinador Larry Stefansky, já que ficou nítida a sua maior versatilidade do fundo da quadra. O seu backhand, ponto de seu jogo que sempre foi explorado pelos adversários, melhorou consideravelmente, ganhando profundidade e potência. Apresentem o Stefansky ao Carlos Moya.
Imagem extraída do endereço:

7 comentários:

  1. -Oá, Renato. Parabéns pelo espaço, espero que tenha vida longa e que mantenha em alto nível os debates aqui. Acho que pra esse segundo semestre os dois finalistas de Wimbledom podem 'vingar' bastante; Federer (sem Nadal 'no encalço' por pelo menos algum tempo) tende a se manter ali no topo até o final da temporada e o Roddick deve vir com muito mais força nessa segunda fase de hards, que é uma fase que sempre o favoreceu e agora ainda mais já que ele agora está um jogador mais completo. Talvez (eu disse TALVEZ) essa final de Wimbledom, com toda a carga emocional que teve para o americano pode significar um 'divisor de águas' na carreira do 'psycho kid'. Murray é outro que pode se dar muito bem com a ausência do Nadal e pode até dominar essa segunda fase de hards, apesar de achar que no US open o 'buraco é um pouco mais embaixo'. Acho que o Nadal se recupera, mas não sei se vai manter o mesmo nível do 1º semestre até o final da temporada. Ainda sobre o Federer: mesmo com os bons resultados de Madrid, RG e Wimbledom, ainda acho que o suiço precisa de um técnico.

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  2. Gerson, muito obrigado pela força. A minha intenção é justamente esta, manter um alto nível ao comentar este esporte. Se Deus quiser este espaço terá sim vida longa, e conto com a participação de todos.
    Abraços.
    Renato Toniol

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  3. ae cara li la orkut seu espaco vo deixar nos favoritos e acompanhar boa sorte

    ah torco pro federer...

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  4. pra mim pra comenta o blog ninguem tira o USopen e a master cup do FEDERER O RESTO a briga vai ser boa... nadal creio que caia pra numero 3 sem ritmo e na HARDs AINDA nao vai dar muito certo...

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  5. Beto, muito obrigado por deixar este espaço em sua lista de favoritos. Espero corresponder à sua expectativa, e, caso queira fazer críticas ou sugestões, sinta-se à vontade, pois desta maneira eu deixarei este blog mais atrativo.
    Abraços.
    Renato Toniol

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  6. Aham...
    pode deixar Renato. Vou comentar sobre o blog só é uma pena só termos jogos daqui 1 mês.O que importa é o Federer ser Campeão da Rogers Cup(Usopen>Montreal+Cincinati), até não* precisa ser dos 3 mas que vença na pontuação.

    *se o nadal for finalista precisa SIM...

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  7. Olá Renato, adorei o blog e principalmente a
    materia, voce é o cara.
    beijos
    Ana

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