sábado, 11 de julho de 2009

A tradição da Copa Davis

A Copa Davis sempre foi uma competição especial no mundo do tênis, marcada por partidas memoráveis, e algumas vezes por incríveis zebras.
Para ilustrar esta afirmação, vamos voltar um pouco no tempo. No ano de 2001, o Brasil enfrentava a Austrália pelas quartas-de-final da tradicional competição por equipes, jogando no saibro na cidade de Florianópolis. Gustavo Kuerten, o então Rei do saibro, tinha a missão de fazer jus ao seu favoritismo diante da equipe australiana, que não contava com tenistas especialistas na superfície lenta. No primeiro dia de disputas, Guga contou com a desistência de Patrick Rafter para vencer, porém, no domingo, último dia de disputa, o manezinho da ilha não conseguiu segurar o ímpeto de Lleyton Hewitt, e foi derrotado por três sets a zero. Com isso, o Brasil foi eliminado, e perdeu a chance de disputar a semifinal pelo segundo ano consecutivo.
Um ano depois, no confronto entre Estados Unidos e Espanha disputado em Houston, e em quadras de grama, tudo levava a crer que Pete Sampras varreria qualquer espanhol com extrema facilidade. E não era para menos, já que Sampras sabe como poucos os segredos da quadra de grama, não sendo à toa que levantou por sete vezes o troféu de campeão em Wimbledon. Porém, o que parecia impossível aconteceu, e Alex Corretja mesmo estando dois sets atrás do norte-americano, conseguiu o que parecia impossível ao conseguir a milagrosa vitória no 5º set.
Já na última edição, em 2008, a Argentina jogava a decisão em casa diante da desfalcada Espanha, que não contava o seu principal tenista, Rafael Nadal, que estava lesionado, o que credenciava a equipe sul americana como a grande favorita. Porém, a Espanha soube lidar com a adversidade, e conquistou o título tendo Fernando Verdasco como o grande herói da equipe.
Para finalizar, agora em 2009 a bruxa resolveu voltar a dar as caras na Davis. Jogando em seus domínios, a equipe de Israel, mesmo sem contar com um jogador renomado, fez a festa da torcida, e conseguiu a improvável classificação à semifinal ao derrotar a versátil equipe russa ainda no jogo de duplas.
Em outros duelos, equipes de tradição como Argentina e Estados Unidos, estão em desvantagem de 1x2 diante de República Tcheca e Croácia, respectivamente, enquanto a atual campeão, Espanha, está em situação oposta, com 2x1 de frente.
Para os norte-americanos, mesmo com a vitória dos irmãos Bryan nas duplas, acredito que será muito difícil segurar o ímpeto croata no domingo, ainda mais pelo fato de James Blake não atravessar boa fase, e Mardy Fish, assim como ele mesmo, não costuma se sair bem no saibro, piso aonde o duelo é disputado. Em relação à equipe da Argentina, mesmo estando atrás do placar, ela tem condições de reverter o placar e seguir lutando pelo tão sonhado título da Copa Davis. Juan Martin Del Potro está em boa fase, e acredito em sua vitória em quatro sets diante de Tomas Berdych, o que deixaria a decisão para o quinto jogo, aonde Juan Monaco enfrenta Ivo Minar, ou até mesmo quem sabe Radek Stepanek. Para mim, um quinto jogo neste duelo vale 50% de chance para cada equipe.

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