domingo, 2 de agosto de 2009

Bellucci conquista primeiro ATP e prova que veio para ficar


O ano de 2009 estava sendo irregular para o paulista Thomaz Bellucci. Com exceção do vice-campeonato no Brasil Open, em fevereiro, o tenista do Tietê colecionava resultados inexpressivos, e o seu potencial era colocado em questão.
Uma das opções impostas pelo seu novo treinador, João Zwetsch, era a de se aventurar no qualifying dos grandes torneios, com o intuito de evoluir o seu jogo nos aspectos técnicos e táticos, ao invés de apenas garantir pontos no ranking através dos challengers. À princípio, o resultados não vieram, e com isso o seu ranking chegou perto do número 150, algo que parecia desesperador para um jogador que chegou a 63º no dia 6 de abril.
Por outro lado, a grande virtude de Bellucci e seu treinador, Zwetsch, foi a de ter um plano muito bem traçado em mente. Aos poucos as devidas adaptações foram ocorrendo em seu jogo, e mesmo com algumas derrotas, ele conseguiu mostrar que tinha cacife para chegar mais longe, assim como no ATP 500 de Acapulco, quando chegou a vencer um set do então número 10 do mundo, o francês Gael Monfils.
A volta por cima começou há poucas semanas, no challenger de Rimini, na Itália, quando ele conquistou o título, e mostrou que não poderia ser um tenista esquecido pela mídia. A confirmação veio neste domingo, dia 2 de agosto.
Em uma competição aonde teve de passar pelo qualifying, Bellucci foi brilhante. Passou por tenistas experientes e renomados, como o suíço Stanislas Wawrinka, ex top 10, e atual número 24 do ranking, além do russo Igor Andreev, 27º colocado, e um dos poucos que coleciona vitória diante de Rafael Nadal no saibro desde 2005. Isso sem contar com um pingo de sorte, que veio nas quartas-de-final quando ele viu o alemão Nicolas Kiefer desistir do jogo quando derrotava o brasileiro por 6x3 e 0x1.
Garantido na final, Bellucci tinha como rival outro tenista que surpreendia à todos. O alemão Andreas Beck, canhoto assim como o brasileiro, conta com um ótimo saque e excelentes golpes de base, sobretudo o seu forehand. Ainda que seja um pouco inconstante, é um jogador que deve incomodar muita gente grande daqui para frente.
A partida teve somente uma quebra de saque, justamente à favor de Bellucci, ainda no primeiro set, quando ele venceu por 6x4. Na segunda parcial, quando vencia por 4x3, Beck teve uma chance de quebra, bem salva pelo brasileiro. No 5x5 foi a vez do paulista ter a chance, com 15x40, porém viu o rival sacar com eficiência e ser agressivo com os golpes de base, além de arriscar precipitadamente uma devolução cruzada no 30x40. Com isso a decisão foi para o tie-break. Ai prevaleceu a calma e paciência de Bellucci, que soube afundar bem as bolas, ser agressivo, e desta maneira minar a agressividade do alemão, para vencer o desempate por 7x2, e conquistar o primeiro título de ATP de sua carreira. A conquista se torna especial para o Brasil, que desde setembro de 2004,quando Ricardo Mello venceu o torneio de Delray Beach, não via um tenista da casa vencer um título deste porte.
Com isso, Thomaz Bellucci mostra que tem cacife para buscar metas mais ousadas. O seu jogo, baseado na agressividade, pode se encaixar tanto nas quadras de saibro quanto nas superfícies rápidas. Arrisco-me à dizer que em breve teremos este talentoso tenista no top 50. Para traçar metas mais ousadas, certamente ainda é muito cedo, mas com trabalho sério e confiança, e acima de tudo pés no chão e humildade, muita coisa pode acontecer, e tendo como base a sua juventude, Bellucci pode evoluir muito. Cabe à todos nós torcer, e ter paciência.
Imagem extraída do endereço:

Um comentário:

  1. talvez... agora o belluci de o salto de qualidade que faltava na carreira, se começar a chegar em oitavas e quartas de masters ta bom demais e assim logo logo chegara aos top30 ou mais ou seja indo bem nos masters atps 500 e 250 ira bem sempre... chegando em uma 3 ou 4 rodada de grand slam entao. Top 20

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