domingo, 6 de junho de 2010

Recuperado, Nadal vai atrás do recorde de Borg


O espanhol Rafael Nadal mostrou mais uma vez o quanto o seu poder mental é surpreendente, principalmente no que diz respeito a sua capacidade de recuperação.
Nadal, que nesta semana completou 24 anos era contestado por muitos, principalmente após um final de temporada muito abaixo do comum em 2009, fruto de uma séria tendinite nos joelhos, isso tudo somado a perda de sua coroa em Roland Garros na mesma temporada, o que culminou com a perda da liderança do ranking mundial.
E não havia cenário mais adequado para a confirmação de sua total reação do que a charmosa cidade de Paris, no torneio que lhe consagrou, Roland Garros. E o adversário também não poderia ser outro, senão o sueco Robin Soderling, aquele mesmo maluco, que um ano atrás “soltou a mão” em todas as bolas, e conseguiu a maior façanha de toda a sua carreira ao despachar o espanhol nas oitavas de final.
Sim, o pentacampeonato em Roland Garros foi mais do que merecido a este jogador, ainda que ele não seja o tenista mais versátil e que não possui diversos recursos técnicos e variações de jogadas, ele é sempre muito fiel em sua estratégia de contra ataque e bolas com muito efeito top spin, além de sua habitual garra buscando bolas impossíveis para qualquer outro jogador.
O título em 2010 foi o quinto de sua coleção no saibro parisiense, sendo que Rafa está há apenas uma conquista de igualar o lendário sueco Bjorn Borg, algo que fatalmente ocorrerá, em virtude de sua juventude e acima de tudo pelo seu estilo de jogo se encaixar como uma luva nas quadras de terra.
O número 1 do mundo voltou as suas mãos para coroar esta magnífica temporada de quadras de terra, quando ele conquistou o “Clay Slam”, ou para nós, brasileiros, o “Grand Slam do saibro”, já que somado a Roland Garros, ele levantou as taças dos Masters 1000 de Monte Carlo, Roma e Madri.
A permanência de Rafael Nadal no topo do ranking mundial deverá estar assegurada pelo menos até meados de agosto, já que por ter perdido esta parte da temporada em 2009, ele não tem pontos à defender, e vê o seu maior rival, o suíço Roger Federer com a pressão pela defesa do título de Wimbledon.

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http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2010/06/nadal-conquista-roland-garros-pela-quinta-vez-e-retoma-reinado-no-tenis.html

domingo, 31 de janeiro de 2010

Federer mostra que ainda é o melhor. Parabéns, Tiago Fernandes.


Este domingo, dia 31 de janeiro de 2010 deixou algumas incógnitas esclarecidas, provando que o suíço Roger Federer ainda pode render, e muito, todo o seu arsenal tenístico.
Após conquistar consecutivamente os títulos em Roland Garros e Wimbledon em 2009, o que o levaram a 15 conquistas em eventos deste nível, ou seja, o maior vencedor da história, muito se especulou sobre uma possível queda do atual número 1 do mundo, algo que ficou ainda mais a tona após a perda do título no US Open e no ATP Finals. Tais afirmações foram feitas inclusive por lendas do tênis, como o norte-americano John McEnroe.
É óbvio que estas colocações são, de certa forma, compreensível, pois é difícil um atleta manter uma supremacia e gana de vencer por muitos anos, após bater inúmeros recordes, como fez Roger Federer. O título conquistado neste domingo no Aberto da Austrália, em cima do talentoso britânico Andy Murray, certamente mostrou que o suíço ainda é sim o melhor tenista do circuito mundial. Dificilmente veremos alguém com incrível facilidade em executar os seus golpes, e que faz pouca força para a bola andar, como Federer.
Classifico a partida diante do russo Nikolay Davydenko, nas quartas-de-final como um divisor de águas para ele neste torneio, ainda mais estando um set atrás e com desvantagem de 1x3 no segundo. Agora, esta partida final diante de Andy Murray certamente terá a mesma importância da partida diante do russo, porém desta vez em termos da temporada em geral. Vale destacar que, além de se isolar ainda mais na ponta como o maior vencedor de Grand Slam, agora com 16 taças, Federer conquista também pelo menos o tetra campeonato em três das quatro competições mais importantes, sendo tetra campeão no Aberto da Austrália, penta no US Open, e hexa em Wimbledon. Em Roland Garros ele contabiliza somente uma conquista.
Por outro lado, não podemos deixar de destacar o talento de Andy Murray. O britânico, que lutava para encerra um tabu de 74 anos sem conquista de um tenista de seu país em eventos de Grand Slam, o último foi Fred Perry no Aberto dos Estados Unidos em 1936, é, assim como Federer, um tenista que executa os seus golpes com sutileza, e que possui um excelente preparo físico. Com certeza, naturalmente, o seu primeiro título de Grand Slam irá chegar. Algo parecido ocorreu com o próprio Federer, que mesmo um ou dois anos antes de conquistar o seu primeiro major, já era visto como um grande talento.
Como não poderia passar despercebido, vai aqui os meus parabéns para Tiago Fernandes, que conquistou o primeiro título em simples para o Brasil em um evento de Grand Slam na categoria juvenil. O próprio Guga conseguiu o feito nas duplas em Roland Garros, ao lado do equatoriano Nicolas Lapentti.


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