domingo, 1 de novembro de 2009

Bellucci coroa boa temporada com o título em São Paulo


O paulista Thomaz Bellucci continua a sua trajetória de subidas no circuito mundial de tênis. Em uma temporada que teve alguns momentos complicados, quando o jovem tenista deixou inclusive o top 100 do ranking mundial, com coragem e ousadia, ele soube dar a volta por cima.
Não bastasse o título do ATP de Gstaad, Bellucci, agora no top 50 do ranking mundial (ocupa atualmente o 43º lugar), deve agora entrar no top 40 da ATP com o título conquistado neste domingo na etapa de São Paulo da Copa Petrobras, derrotando na decisão o perigoso e experiente equatoriano, Nicolas Lapentti.
A partida deste domingo mostrou inclusive alguns pontos que precisam ser aprimorados no tênis do brasileiro. Não resta dúvida de que ele tem um bom saque e ótimos golpes da linha de base, aonde ele gera muita potência e muda a direção da bola com facilidade. Por outro lado, Bellucci teve alguns momentos complicados no jogo, quando em dois de seus games de serviço no primeiro set, teve de sair de situação de 0x30, fruto da variação de velocidade imposta por Lapentti.
Porém, nada que não possa ser aprimorado com uma boa pré temporada. E é exatamente na pré temporada que Thomaz Bellucci está focado. Mesmo agora com o título do challenger paulista, que deve levá-lo ao top 40 do ranking mundial, ele preferiu encerrar a sua temporada, entrar em um curto período de férias, para em seguida iniciar com tudo as fase de treinamentos, visando um ano de 2010 ainda melhor.
A chave agora para o sucesso permanente estará na disputa dos grandes torneios, entre eles os Grand Slam. São nestes eventos que Bellucci terá de ganhar maior regularidade.
Que venha 2010, e com fé em DEUS, que Thomaz Bellucci continue nos dando mais alegrias, para que o tênis brasileiro deixe de apenas resgatar na memória as glórias de Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten, para sonhar com um presente se não igual ao passado, mas com um determinado brilhantismo. O Brasil merece.


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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Del Potro mostra que merece estar entre os melhores


A façanha de conquistar o US Open, último Grand Slam da temporada, obtida nesta segunda-feira diante do todo poderoso suíço, Roger Federer mostrou à todos não somente as qualidades técnicas de Juan Martin Del Potro, mas também todo o seu poder de luta, determinação e superação.
Como ilustração, seguem alguns fatos. Perder o primeiro set, e estar com uma quebra de desvantagem no segundo, ainda mais tendo pela frente um oponente que é considerado por muitos o melhor de todos os tempos, já seria motivo para tenistas como Marat Safin, entre tantos outros, entregarem a partida. Pois bem, o segundo set foi revertido, e o talentoso argentino venceu no tiebreak.
No terceiro set, Delpo mostrava todo o seu poder de fogo, acertando incríveis golpes da linha de base, chegando a ter uma quebra de vantagem. Porém, com algumas falhas, incluindo duas duplas faltas em momentos cruciais, viu o suíço reverter a situação, vencer o set, e ficar na frente por 2x1. Outro motivo para que muitos outros estraçalhassem a raquete, e em seguida entregassem o jogo, ainda mais tendo de salvar alguns break points no início do quarto set, como também ocorreu nesta partida.
Porém, a garra do argentino falou mais alto, a sua vontade e garra eram evidentes, e ele mostrou toda a qualidade de seus golpes de base, sobretudo o forehand, um golpe em que ele golpeia flat (sem efeito), utilizando uma mecânica com bastante amplitude, o que gera uma enorme aceleração na bola. Com isso, venceu o set, que foi decidido apenas em um tiebreak tenso.
No quinto set, o natural seria que Roger Federer controlasse os seus nervos, e se favorecesse do nervosismo de Juan Martin Del Potro, que disputava a sua primeira final de Grand Slam. Porém, para surpresa de muitos, e confesso que até de mim mesmo, o argentino lidava com naturalidade com esta situação. Conseguiu uma quebra logo no início, e mesmo tendo de salvar alguns break points quando sacava para confirmar a quebra, ele foi paciente, e ousado.
Com isso, a situação de Federer ficou cada vez mais desesperadora, à ponto de ele se afundar em erros, além de não encontrar solução para o potente jogo de seu oponente.
O título conquistado por Juan Martin Del Potro, sem sombra de dúvidas é mais do que merecido. Há cerca de um ano ele vem obtendo resultados expressivos, além de uma regularidade durante a temporada, que o deixa entre os melhores do mundo. O seu estilo de jogo se encaixa em qualquer superfície, talvez com exceção feita à grama, onde ele ainda fica devendo um pouco. Em relação aos aspectos técnicos de seu jogo, como eu já destaquei em algumas matérias anteriores, caso ele desenvolva o slice em seu backhand, poderá ficar ainda mais perigoso, pois teoricamente melhoraria o seu contra ataque. Destaco ainda a sua maturidade, já que controlar os nervos diante de Roger Federer, que é visto como um dos jogadores mais tranqüilos do circuito, e sair de diversos buracos, como foi destacado acima, realmente é missão para poucos.
Quanto a Federer, mesmo com esta derrota, todos sabem das proezas deste eterno campeão, e este resultado não pode, e não irá de maneira nenhuma, manchar a sua brilhante carreira.

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domingo, 13 de setembro de 2009

Após longa espera, Federer e Del Potro são os finalistas do US Open


Foi realmente mais demorado do que o esperado, mas finalmente os finalistas da chave masculina do US Open foram conhecidos.
Na primeira semifinal, o argentino Juan Martin Del Potro fez a partida de seus sonhos. Sacou com perfeição, e foi audacioso do fundo da quadra, deixando sempre o espanhol Rafael Nadal acuado. Foi um passeio, e ainda me chamou muito a atenção o quanto o guerreiro espanhol não encontrava a fórmula para reverter a situação, diferente do que é convencional. Mesmo nos momentos em que esteve com o seu serviço ameaçado, o argentino encaixava saques espetaculares, o que lhe deixava ainda mais confiante para arriscar no serviço de seu oponente.
No final, um acachapante triplo 6x2 selou a passagem de Del Potro para a sua primeira final de torneio Grand Slam.
Na segunda semifinal, entre o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic, ainda que fora decidida em apenas três sets, o duelo foi muito parelho, e repleto de alternativas. No primeiro set, Djokovic teve uma quebra de vantagem e abriu 4x2. Porém, não conseguiu sustentar a vantagem e depois perdera o set no tiebreak. Na segunda parcial, os tenistas seguiam confirmando os seus games de serviço com facilidade, até que no 12º game, o sérvio sentiu a pressão, foi quebrado e viu Federer abrir 2x0.
No terceiro set, Djokovic teve 15x40 para quebrar Federer no 9º game. Porém, com certa precipitação, desperdiçou as oportunidades. Bastante animado e confiante, o suíço foi para cima no 12º game, fazendo deste momento o seu “show time”. Com 0x30, Djokovic trouxe Federer à rede e em seguida efetuou um lob. Esbanjando muita categoria, o tenista da Basiléia aplicou um magnífico Grand Willy (jogada executada por baixo das pernas quando o jogador está de costas para a quadra) e fez uma passada perfeita, para delírio de todos que acompanhavam a partida na Arthur Ashe Stadium. No ponto seguinte, ele fez um winner com o seu forehand na devolução de serviço, e garantiu a vaga na final do último Grand Slam da temporada pelo sexto ano consecutivo.
A final, que pelo segundo ano consecutivo será disputada na segunda-feira, traz um duelo em que Federer tem ampla vantagem no confronto direto diante de Del Potro, tendo vencido todos os seis jogos anteriores.
Posso destacar duas partidas entre ambos, cada uma com um roteiro totalmente diferente. Nas quartas de final do Aberto da Austrália deste ano, o suíço castigou o argentino, e aplicou fáceis 6x3, 6x0 e 6x0. Porém, na semifinal de Roland Garros neste mesmo ano, o suíço somente conseguiu triunfar no 5º set, tendo inclusive estado atrás em 1x2.
Com tudo o que Juan Martin Del Potro viveu, especialmente de um ano para cá, certamente ele se tornou um tenista muito mais perigoso. Ele tem aprendido a ter mais paciência para definir os pontos, deixando a afobação de lado. Além do eficiente saque, o argentino ataca com perfeição tanto com o forehand quanto com o backhand. Talvez falta à ele desenvolver um bom slice no seu backhand, o que lhe ajudaria a se defender e contra atacar com mais naturalidade.
Em relação à Federer, não é segredo para ninguém que o momento vivido por ele é mágico. Não bastasse ter conquistado Roland Garros pela primeira vez, e recuperar o trono em Wimbledon e no ranking mundial, ele prova que quer cada vez mais para a sua carreira. O seu jogo segue afiado, e mesmo nos momentos em que foi testado na competição ele se sobressaiu com maestria.
Na decisão desta segunda-feira, é óbvio que tudo pode acontecer, porém, por ser um tenista mais experiente nesta situação, acredito em uma vitória em três sets de Roger Federer.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Oudin explode a Arthur Ashe Stadium e chega às quartas do US Open

Não é somente nas irmãs Williams que o tênis feminino norte-americano pode depositar as suas esperanças. Pelo menos é o que mostra a jovem Melanie Oudin, de apenas 17 anos de idade, neste US Open.
A alegria do público não é para menos. Entrando na competição longe dos holofotes, Oudin já derrubou três favoritas em suas quatro partidas em Flushing Meadows.Nas segunda e terceira rodada, eliminou respectivamente as russas Elena Dementieva e Maria Sharapova, respectivamente as cabeças de chave número 4 e 29 do torneio. Para quem achava que a sua sequência de resultados expressivos seria um mero acaso, a jovem tenista mostrou nesta segunda-feira que quer cada vez mais.
A partida diante da russa Nadia Petrova, 13º cabeça de chave começou tensa para Oudin. Ainda que tenha iniciado derrubando o serviço da rival, ela perdeu o seis games seguintes, e no segundo set esteve uma quebra atrás. Quando parecia que Petrova dominaria e caminharia para a vitória, tudo passou a mudar. Com uma postura sempre otimista e vibrando durante os pontos, Oudin buscou o resultado, e soube usar o seu forehand chapado, ponto forte de seu jogo, para dominar os pontos e deslocar a adversária. Outro ponto que chamou a atenção nesta tenista é a variação de seu backhand, ora golpeando com top spin, alternando com bons slices para quebrar o ritmo das trocas de bolas, e ditar o jogo conforme a sua vontade. Com isso, ela levou a segunda parcial ao tiebrek, aonde não deu nenhuma chance de reação à favorita russa.
No terceiro set, Oudin abriu 5x2 e tev o saque para fechar. Vacilou com o serviço, mas não apavorou. No game seguinte, no saque da rival, teve logo 0x40 para fechar o jogo, e com dois erros não forçados, frutos da emplogação, viu o placra ficar apertado em 30x40, ou seja, dos três match points, dois já haviam sido desperdiçados. Iria ela apenas empurrar a bola para o outro lado e esperar o erro de Petrova? Muito pelo o contrário. Neste momento, Oudin apenas manteve os nervos no seu devido lugar e, na primeira bola que sobrou em seu forehand, definiu o ponto com uma bela e ousada bola cruzada, para a alegria dela e de toda a sua família que acompanhavam emocionados dos camarotes da Arthur Ashe Stadium.
Como ponto negativo, o serviço da jovem tenista ainda precisa de algumas reformulações, o que por outro lado, poucas vezes foi a grande arma de uma tenista, com excessão de algumas super atletas como as irmãs Williams, o que se diferencia do circuito masculino, aonde muitas vezes um tenista com poderoso saque varre os oponente nas superfícies rápidas mais na base do saque do que por qualquer outra coisa.
Na próxima rodada, válida pelas quartas de final, Oudin enfrentará a quinta russa na competição. Ela medirá forças a dinamarquesa Caroline Wozniacki, cabeça de chave 9, que derrotou de virada a russa Svetlana Kuznetsova. Por outro lado, Oudin tem motivos para acreditar que pode seguir sonhando com a vaga nas semifinais. Como citei alguns parágrafos acima, ela passou por Maria Sharapova, que foi a campeã do US Open em 2006, e Elena Dementieva, que é nada meno que a atual campeã olímpica.
A torcida norte americana agora aguarda ansiosa por uma final caseira no próximo final de semana. Isso porque Oudin e Serena Williams podem se enfrentar na final. Façam as suas apostas.

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sábado, 5 de setembro de 2009

Em dia de sufoco para os favoritos, Roddick e Sharapova caem no US Open

A rodada deste sábado, dia 5 de setembro, no US Open, foi marcada pela extrema dificuldade que os principais favoritos enfrentaram dentro de quadra.
Os primeiros a sentirem o "drama" foram o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic, respectivamente os cabeças de chave número um e quatro. O suíço, diante do australiano Lleyton Hewitt, ex número 1 do mundo, mas que busca recuperar a sua melhor forma, esteve em dia apático, cometendo diversos erros não forçados, e barrando em determinados momentos na regularidade do fundo de quadra do australiano. Mesmo assim, conseguiu colocar as coisas no seu devido lugar e avançar as oitavas de final com vitória por três sets a um. Com a vitória, ele ainda garante a permanência no topo do ranking mundial pelo menos até o final do Grand Slam norte-americano. Para avançar as quartas de final, ele enfrentará o vencedor do duelo entre o tenista local, James Blake, e o espanhol Tommy Robredo, dois de seus maiores "fregueses" no circuito.
O sérvio, por sua vez, enfrentou o americano Jesse Witten, mero número 276 do ranking mundial, e assim como o suíço, precisou de quatro sets para avançar. Em determinados momentos do jogo, Djokovic mostrou-se extremamente irritado com o seu rendimento, chegando inclusive a arremessar a raquete nos chão. O seu oponente nas oitavas de final será o tcheco Radek Stepanek, cabeça de chave número 15.
Quem não teve a mesma sorte foi o norte-americano Andy Roddick. Após estar perdendo por dois sets a zero para o seu compatriota John Isner, o dono do saque mais potente da história do tênis foi buscar o resultado, empatou o duelo, mas não resistiu e acabou derrotado no tiebreak no quinto set. O resultado foi extremamente frustrante, principalmente devido a grande evolução técnica mostrada no decorrer da temporada, fruto do trabalho com o seu novo treinador, Larry Stefansky. Com a inesperada vitória, o gigante Isner, de dois metros e cinco centímetros de altura enfrentará nas oitavas de final o espanhol Fernando Verdasco, cabeça de chave número 10 do torneio, e que também passou por uma "maratona" para avançar, ao derrotar o alemão Tommy Haas, no quinto set.
Além de Roddick, que também sentiu a dor da eliminação foi a musa russa, Maria Sharapova. Ela foi surpreendida pela norte-americana, Melanie Oudin, de apenas 17 anos, de virada, e não conseguiu emplacar após voltar de contusão. Oudin conquista assim a segunda vitória inesperada no torneio, já que eliminara na segunda rodada, a russa Elena Dementieva, quarta cabeça de chave. Para avançar as quartas de final, a jovem terá mais uma russa em seu caminho, já que enfrentará Nadia Petrova, décima terceira pré classificada. Alguém duvida de mais uma surpresa?
Para o tênis brasileiro, depois de todos os jogadores eliminados em simples, os nossos duplistas também disseram adeus ao torneio. Bruno Soares, ao lado do zimbabuano Kevin Ullyett, sairam na frente, mas levaram a virada diante do argentino Juan Ignácio Chela e do uruguaio Pablo Cuevas. Já André Sá e Marcelo Melo foram derrotados pelos austríacos Jurgen Melzer e Julian Knowle, também de virada. Com isso, perdem a chance de emplacar, já que ambas as parcerias colecionam resultados abaixo do esperado, principalmente nos torneios Grand Slam.
Apostas para domingo, dia 6 de setembro.
Tomas Berdych vs. Fernando Gonzalez - Gonzalez, 3x1
Jo-Wilfried Tsonga vs. Julien Benneteau - Tsonga, 3x0
Gael Monfils vs. Jose Acasuso - Monfils, 3x1
Marin Cilic vs. Denis Istomin - Cilic, 3x0
Nicolas Almagro vs. Rafael Nadal - Nadal, 3x0
Taylor Dent vs. Andy Murray - Murray, 3x0
Juan Carlos Ferrero vs. Gilles Simon - Simon, 3x1
Juan Martin Del Potro vs. Daniel Koellerer - Del Potro, 3x0
Daniela Hantuchova vs. Serena Williams - Williams, 2x0
Kim Clijsters vs. Venus Williams - Clijsters, 2x1
Vera Zvonareva vs. Flavia Pennetta - Zvonareva, 2x1
Francesca Schiavone vs. Na Li - Li, 2x1


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domingo, 30 de agosto de 2009

Bellucci garante mais um brasileiro no US Open. Mello e Julinho caem. E as meninas?


O saldo poderia ter sido muito mais positivo para o tênis brasileiro no qualifying do US Open, último Grand Slam da temporada, mas ainda assim, teremos uma boa quantidade de tenistas representando o Brasil.
Contando com três tenistas na fase decisiva do forte qualificatório, Thomaz Bellucci, Ricardo Mello e Júlio Silva tinham a missão de junta-se à Marcos Daniel e Thiago Alves, garantidos no milionário evento através de seus respectivos rankings. Na posição de cabeça de chave número 1 do quali, Bellucci foi o único dos três que obteve êxito, após vitória em dois sets diante do tenista local, Scoville Jenkins. Ricardo Mello não conseguiu superar o ímpeto do turco Marsel Ilhan, caindo em duas parciais, enquanto Júlio Silva fez um duelo parelho com o francês Josselin Ouanna, mas caiu por 6x4 no terceiro set.
Com a chave principal sorteada, o azar ficou mesmo com Thiago Alves, que terá a dura missão de enfrentar o australiano Lleyton Hewitt, ex número 1 do mundo. Marcos Daniel medirá forças com o imprevisível argentino Jose Acasuso, enquanto que Thomaz Bellucci enfrentará Yen Hsun-Lu, do Taipé, para tentar se vingar da derrota sofrida na primeira rodada do Aberto da Austrália no início da temporada.
Além destes tenistas, o Brasil também será representado em Nova Iorque na chave de duplas. André Sá jogará ao lado de Marcelo Melo, Thomaz Bellucci se uniu à Marcos Daniel, enquanto que Bruno Soares tem o experiente Kevin Ullyett, do Zimbabue.
Mesmo com uma boa quantidade de tenistas brasileiros no masculino, pesa contra o tênis brasileiro o fato de não termos sequer uma teniats disputando o evento nova iorquino, sendo que, nenhuma de nossas meninas se quer se inscreveram no qualifying. Na visão do ex tenistas Thomaz Koch, falta uma tenistas despontar para que outras passem a acreditar. "Vejo meninas esforçadas, mas não sei se está faltando acompanhamento. De repente, se uma der um salto, as outras vão atrás. Então o que está faltando é romper barreiras". Chico Costa, capitão da equipe brasileira na Copa Davis sentencia que a falta de torneios femininos no país dificulta a ascensão de alguma tenista. "É preciso passar por uma reestruturação, ter um grande número de torneios futures, que é uma coisa que nunca tivemos aqui. No momento em que mais técnicos de bom nível entrarem no tênis feminino, as coisas vão melhorar. Não é nada que não possa mudar, há pessoas dedicadas fazendo tudo certo, então tem que partir da Confederação apoiar mais o tênis feminino".


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Lembranças, saudades e esperanças


Em um país acostumado a ver as glórias da Seleção Canarinho, com épicas conquistas mundiais, entre outras, além da doentia paixão por clubes de futebol, o Brasil passou à partir do final da década de 90, a comemorar sucessos em outra modalidade. Sim, é verdade que o voleibol verde e amarelo nos trouxe imensas alegrias, mas o sucesso destacado acima se trata de uma modalidade individual, com o nome de um calçado, o que na teoria, não despertaria o interesse pela maioria dos brasileiros. Sim, é isso mesmo, o tênis, que sobretudo nos anos 60 teve as infinitas conquistas de Maria Esther Bueno em Wimbledon, quando ela encantou o público londrino, voltava a a ter um brasileiro vencendo competições de importante nível. Em 1997, passando desapercebido, Gustavo Kuerten, apelidado de Guga, ou até mesmo de Manezinho da Ilha, por ser natural de Santa Catarina, fazia o impossível, e reinava no saibro sagrado de Roland Garros, com uma vitória incontestável diante do perigoso espanhol Sergi Bruguera na final. Poxa, seremos agora o país do tênis? Era algo que passava na cabeça da maioria dos brasileiros. Para a alegria de uma nação que tinha o tênis apenas como esporte de elite, tudo passava a ser um mar de rosas, com mais duas conquistas em Roland Garros, nos anos de 2000 e 2001, além do inédito título da Masters Cup em 2000, disputada na cidade de Lisboa, em Portugal, torneio que reunia apenas os oito melhores tenistas da temporada. Nesta competição, o nosso grande ídolo só faltou fazer chover em quadra. Passou por feras e lendas do esporte, como o russo Yevgeny Kafelnikov, além dos norte-americanos Pete Sampras e Andre Agassi, este último, a vítima do brasileiro na final. O título garantiu ao brasileiro a liderança do ranking mundial. Sim, agora podemos dizer que o número 1 do mundo é nosso, e com Gustavo Kuerten, não há quem possa. Porém, com o tempo as contusões apareceram, as dúvidas sobre o seu potencial foram evidenciadas até mesmo por jornalistas que sequer entendem algo minímo sobre o tênis. Esforço por parte de Guga certamente não faltou, pelo contrário, foi o que demais este extraordinário tenista e ser humano demonstrou. Foram inúmeras as vitórias épicas. Somados aos jogos citados no parágrafo acima, porque não lembramos da partida válida pelas oitavas-de-final de Roland Garros em 2001, diante do totalmente desconhecido norte-americano Michael Russel, quando o brasileiro teve de salvar um match point? Ou então, porque não recordar a dura vitória sobre o grande sacador Max Mirnyi no US Open, quando ele saiu de dois sets abaixo? Enfim, eu ficaria aqui até amanhã para relatar tais façanhas.
Pois bem, o tempo passou, Guga deixou saudade, e muita, e até hoje me pego perdido buscando na memória cenas que eu já vi, e vejo novamente quantas vezes forem necessárias, mesmo que tudo pareça ilusório, mas que com certeza, são cenas que parecem não ter fim, e que passam na cebeça de todos aqueles brasileiros amantes deste esporte maravilhoso.
Atualmente, o tênis brasileiro vive uma dura realidade, não que na era Guga fosse muito diferente, pois ele era quem carregava tudo sozinho. Recentemente, Thomaz Bellucci fez nascer uma luz de esperança ao conquistar o título do ATP 250 de Gstaad, na Suíça, enquanto que outros, vez ou outra obtem algum êxito em torneios menores. As únicas alternativas agora são, trabalhar, lutar e incentivar, mas dificilmente deixaremos de buscar na memória as lembranças de uma "rainha" que encantou os ingleses, e de uma manezinho, que não foi o Jairzinho, mas que passou como um furacão pelo mundo do esporte.
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domingo, 23 de agosto de 2009

Federer derrota Djokovic e é tricampeão em Cincinnati



A fase está realmente espetacular para o suíço Roger Federer. Não bastasse as façanhas obtidas no primeiro semestre, com o inédito título em Roland Garros, e com a quebra de recorde de títulos de Grand Slam, conquistada em Wimbledon, o atual número 1 do mundo provou nesta semana que ainda pode render muito mais do que muitos imaginam.
Contrariando aqueles que diziam que ele sofreria uma "queda natural de rendimento", o suíço conquistou neste domingo o Masters 1000 de Cincinnati, sendo o seu 16º título deste porte, ficando atrás apenas do lendário norte americano Andre Agassi. Para conseguir tal feito, Federer derrotou na final o sérvio Novak Djokovic, atual número 4 do ranking mundial, por dois sets a zero, com parciais de 6x1 e 7x5.
O primeiro set foi um verdadeiro passeio do líder do ranking. Sacando com eficiência, e contando com diversos erros de Djokovic, que encontrava dificuldades para se impor do fundo de quadra, Federer ainda soube pressionar o saque do rival, para logo abrir 5x0, e em seguida fechar em 6x1.
No início da segunda parcial, o sérvio conseguiu alongar as trocas de bola e conquistou a quebra de saque logo no segundo game, para em seguida abrir 3x0. Porém, com devoluções precisas, Federer devolveu a quebra. Com 5x4 de vantagem, Djokovic ainda teve uma chance de quebra, o que seria também um set point. Com um bom saque na esquerda do rival, Federer colocou as coisas no seu devido lugar, e empatou o set. Neste momento, o suíço apertou ainda mais o serviço do oponente para conquistar a quebra.
Sacando para fechar o jogo, Federer mostou a eficiência e a frieza de sempre para conquistar o torneio.
O título conquistado neste domingo foi o terceiro de Federer no torneio, curiosamente ocorrendo sempre nos anos ímpares, já que antes havia triunfado em 2005 e 2007. Mais do que isso, ele se credencia ainda mais ao título do US Open, último Grand Slam da temporada, e que tem início no próximo dia 31.
Opinião
Com um volume de jogo espetacular, que foi demonstrado desde a partida das semifinais, diante do britânico Andy Murray, fica cada vez mais evidente que Federer é outro jogador quando joga sem pressão. É verdade que a derrota diante do francês Jo Wilfried Tsonga, na semana passada em Montreal, quando o suíço liderava o terceiro set por 5x1 foi um "quebra regras", porém, algo que nesta semana ficou comprovado que não afetou a confiança e motivação do líder do ranking mundial.
A sua direita vem funcionando com extrema eficiência, além de o seu slice de esquerda ser um grande alicerce nas mudanças de ritmo, o que não permitiu tanto a Murray quanto a Djokovic tomarem ações ofensivas por muito tempo. O serviço de Fedex também está afiado, e o único quesito em que para muitos pode parecer desfavorável a ele, foram algumas subidas precipitadas à rede, algo que na minha visão é algo super positivo, pois mostra o quão seguro e confiante ele está em seu jogo.
O US Open está chegando, e com ele novas histórias serão escritas no mundo do tênis.
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domingo, 16 de agosto de 2009

Murray conquista Montreal e se credencia ao título no US Open.



O britânico Andy Murray está com a corda toda. Em grande ascensão no circuito mundial desde a temporada passada, o talentoso tenista conquistou neste domingo o título do Masters 1000 de Montreal, ao derrotar o argentino Juan Martin Del Potro, de virada, com parciais de 6x7, 7x6 e 6x1.
Mesmo entrando em quadra com a posição de número 2 do ranking assegurada, Murray fez questão de indicar toda a sua garra, mostrando que queria a todo custo a vitória, e chegando a se irritar em determinados momentos da partida. No primeiro set, a única chance de quebra esteve em suas mãos, mas foi desperdiçada em uma tentativa de passada com o backhand, que ficou na rede. Com a decisão da primeira parcial indo ao tiebreak, Del Potro se aproveitou de um descuido de Murray, para depois encaixar ótimos saques e sair na frente.
No segundo set, Murray saiu quebrando Del Potro, porém levou o troco no game seguinte, e com ambos mantendo os seus games de serviço, a decisão foi novamente ao tiebreak. Mais focado, Murray conseguiu se impor com ótimas devoluções de saque, e contando com alguns erros do cansado Del Potro, empatou o duelo.
No terceiro set coube à Murray manter a regularidade, e se aproveitar do cansaço do rival, para assegurar o 13º troféu de sua carreira.
Com a conquista, mais do que o número dois do ranking mundial assegurado, Murray se credencia como um dos grandes favoritos à conquista do US Open, último Grand Slam da temporada. Com excelentes golpes de base, este tenista possui uma grande habilidade para mudar a direção da bola, ora na cruzada, variando com ousados golpes na paralela. Talvez ele ainda peque um pouco por jogar de forma defensiva em determinados momentos da partida, porém, algo que tende a mudar, e está mudando, e muito, principalmente em razão da confiança que ele vem adquirindo. Ainda que tenha se beneficiado pelo período em que Rafael Nadal ficou fora do circuito se recuperando de uma tendinite nos joelhos, a ascensão de Murray deve ser destacada, principalmente devido a regularidade que vem mantendo na temporada. Falta mesmo à ele conquistar o tão sonhado título de Grand Slam, algo que certamente virá com naturalidade.
Quanto ao Del Potro, ele também se candidata ao almejado troféu em Nova Iorque, pois além desta final em Montreal, ele vem da conquista do ATP 500 de Washington. Este argentino é um tenista muito agressivo, consegue gerar potência tanto com o forehand quanto com o backhand, além de possuir um bom saque chapado. Por outro lado, o seu ponto fraco seja a falta de variação em seu jogo. Falta a ele desenvolver um bom slice de backhand, o que certamente irá lhe ajudar muito nos contra ataques, até mesmo para compensar a falta de mobilidade devido a sua altura. Estes aspectos foram explorados por Murray na final deste domingo. Com o cansaço devido a duas semanas intensas, ele conseguiu se manter bem por apenas dois sets.
Temos à partir de amanhã a disputa de mais um Masters 1000, desta vez em Cincinnati. Este é o último grande preparativo para o US Open, e é nesta competição que os favoritos mostrarão se estão mesmo aptos a brilhar Flushing Meadows. Em relação aos grandes favoritos, ainda falta a Federer, Nadal e Djokovic mostrarem algo que ficou para trás em Montreal. A sorte está lançada.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Tsonga consegue vitória épica sobre Federer. Semifinal dos sonhos em Brasília



Talvez nem mesmo o francês Jo Wilfried Tsonga acreditasse que seria capaz de algo tão grandioso. Mas nesta sexta-feira, dia 14 de agosto de 2009 ele pôde comemorar uma vitória que parecia muito, mas muito distante de suas mãos.Diante do todo poderoso suíço Roger Federer, Tsonga viu o adversário abrir 5x1 no terceiro e decisivo set. Não bastasse a vantagem de Federer no placar, Tsonga se encontrava limitado fisicamente. Porém, o que parecia impossível aconteceu, e o francês devolveu as duas quebras que tinha de desvantagem, e conseguiu a magnífica vitória no tiebreak, e a vaga nas semifinais do Masters 1000 de Montreal, aonde enfrentará o britânico Andy Murray.É claro que antes de mais nada, todo o crédito por este resultado deve ser dado a Tsonga. Primeiro, porque ele não conseguiu este feito contra um tenista qualquer, mas sim diante do atual número 1 do mundo, e recordista de títulos em torneios Grand Slam, com quinze taças conquistadas. Certamente este foi um dos maiores exemplos de superação que presenciei em uma partida de tênis.
Ainda que seja desnecessário buscar hipóteses pela "perda de concentração" de Federer nesta partida, por outro lado, alguns fatores devem ser levados em consideração. Tão logo ele conquistou Roland Garros pela primeira vez, e a consolidação como o maior detentor de títulos de Grand Slam, obtido em Wimbledon, veio o nascimento de suas filhas. Somado todos estes detalhes, acaba sendo muita emoção e adrenalina para ser administrada. Provavelmente, o suíço ainda não teve um momento para esfriar a cabeça, desfrutar das conquistas e dos recordes detidos, e acima de tudo, curtir a vida de pai.Se esta derrota irá afetar a confiança de Federer, a resposta virá provavelmente no US Open, aonde ele defende o título, e terá as atenções voltadas para si.
Semifinal dos sonhos no challenger de Brasília
Mudando o foco, e falando um pouco de challenger, mais especificamente em Brasília, foram definidos os semifinalistas do torneio. O fato curioso é que dos quatro tenistas que ainda lutam pelo troféu, três já possuem um título, ou mais, em torneios de nível ATP. No lado de cima da chave disputarão a vaga na decisão o argentino Juan Ignacio Chela e o chileno Nicolas Massú. Chela possui quatro títulos em seu currículo, enquanto que Massú tem seis conquistas, com destaque para a incrível conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. No outro lado da chave, o brasileiro Ricardo Mello medirá forças com o argentino Horacio Zeballos. Mello destaca-se pela conquista do ATP de Delray Beach no ano de 2004, e o seu oponente, embora não tenha títulos desta relevância, vive o melhor momento de sua carreira, e vêm da conquista do challenger de Campos do Jordão. Tal situação reflete direto em seu ranking, já que detém no momento a 82º posição, a melhor de sua carreira. Para os amantes do tênis, esta pode ser classificada como a semifinal dos sonhos, pelo fato de ocorrer em um evento de nível challenger.
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domingo, 2 de agosto de 2009

Bellucci conquista primeiro ATP e prova que veio para ficar


O ano de 2009 estava sendo irregular para o paulista Thomaz Bellucci. Com exceção do vice-campeonato no Brasil Open, em fevereiro, o tenista do Tietê colecionava resultados inexpressivos, e o seu potencial era colocado em questão.
Uma das opções impostas pelo seu novo treinador, João Zwetsch, era a de se aventurar no qualifying dos grandes torneios, com o intuito de evoluir o seu jogo nos aspectos técnicos e táticos, ao invés de apenas garantir pontos no ranking através dos challengers. À princípio, o resultados não vieram, e com isso o seu ranking chegou perto do número 150, algo que parecia desesperador para um jogador que chegou a 63º no dia 6 de abril.
Por outro lado, a grande virtude de Bellucci e seu treinador, Zwetsch, foi a de ter um plano muito bem traçado em mente. Aos poucos as devidas adaptações foram ocorrendo em seu jogo, e mesmo com algumas derrotas, ele conseguiu mostrar que tinha cacife para chegar mais longe, assim como no ATP 500 de Acapulco, quando chegou a vencer um set do então número 10 do mundo, o francês Gael Monfils.
A volta por cima começou há poucas semanas, no challenger de Rimini, na Itália, quando ele conquistou o título, e mostrou que não poderia ser um tenista esquecido pela mídia. A confirmação veio neste domingo, dia 2 de agosto.
Em uma competição aonde teve de passar pelo qualifying, Bellucci foi brilhante. Passou por tenistas experientes e renomados, como o suíço Stanislas Wawrinka, ex top 10, e atual número 24 do ranking, além do russo Igor Andreev, 27º colocado, e um dos poucos que coleciona vitória diante de Rafael Nadal no saibro desde 2005. Isso sem contar com um pingo de sorte, que veio nas quartas-de-final quando ele viu o alemão Nicolas Kiefer desistir do jogo quando derrotava o brasileiro por 6x3 e 0x1.
Garantido na final, Bellucci tinha como rival outro tenista que surpreendia à todos. O alemão Andreas Beck, canhoto assim como o brasileiro, conta com um ótimo saque e excelentes golpes de base, sobretudo o seu forehand. Ainda que seja um pouco inconstante, é um jogador que deve incomodar muita gente grande daqui para frente.
A partida teve somente uma quebra de saque, justamente à favor de Bellucci, ainda no primeiro set, quando ele venceu por 6x4. Na segunda parcial, quando vencia por 4x3, Beck teve uma chance de quebra, bem salva pelo brasileiro. No 5x5 foi a vez do paulista ter a chance, com 15x40, porém viu o rival sacar com eficiência e ser agressivo com os golpes de base, além de arriscar precipitadamente uma devolução cruzada no 30x40. Com isso a decisão foi para o tie-break. Ai prevaleceu a calma e paciência de Bellucci, que soube afundar bem as bolas, ser agressivo, e desta maneira minar a agressividade do alemão, para vencer o desempate por 7x2, e conquistar o primeiro título de ATP de sua carreira. A conquista se torna especial para o Brasil, que desde setembro de 2004,quando Ricardo Mello venceu o torneio de Delray Beach, não via um tenista da casa vencer um título deste porte.
Com isso, Thomaz Bellucci mostra que tem cacife para buscar metas mais ousadas. O seu jogo, baseado na agressividade, pode se encaixar tanto nas quadras de saibro quanto nas superfícies rápidas. Arrisco-me à dizer que em breve teremos este talentoso tenista no top 50. Para traçar metas mais ousadas, certamente ainda é muito cedo, mas com trabalho sério e confiança, e acima de tudo pés no chão e humildade, muita coisa pode acontecer, e tendo como base a sua juventude, Bellucci pode evoluir muito. Cabe à todos nós torcer, e ter paciência.
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Bellucci e Daniel trazem esperança ao tênis brasileiro


O tênis brasileiro há muito tempo não vive um dia de glória. Mesmo que longe de compararmos ao excepcional Gustavo Kuerten, que viveu infinitas glórias, Marcos Daniel e Thomaz Bellucci conseguem mesmo de longe, trazer um pouco de alegria para o tênis nacional.
No torneio de Gstaad, na Suíça, Daniel conseguiu eliminar mais um francês, desta vez passando em dois sets por Julien Benneteau, para alcançar as quartas-de-final da competição. Para avançar as semifinais, ele terá de passar por outro francês, já que medirá forças com Florent Serra. Não vejo motivos para não acreditarmos em uma vitória do brasileiro, e ainda sendo mais otimista, vejo uma grande oportunidade para ele alcançar a decisão. Digo isso pelo fato de que caso ele passe por Serra, terá como adversário na penúltima fase, o vencedor do jogo entre o alemão Andreas Beck e o romeno Victor Crivoi, dois jogadores ainda muito inconstantes, que podem esbarrar na solidez de Daniel.
Quanto ao Bellucci, ele conseguiu hoje se não a maior, mas com certeza uma das maiores vitórias de sua carreira, ao passar pelo suíço Stanislas Wawrinka, cabeça-de-chave número um do torneio por duplo 6x4. Vale destacar que nesta temporada, Wawrinka coleciona uma vitória diante do seu compatriota e número um do mundo, Roger Federer. Com isso, assim como Daniel, Bellucci atingiu as quartas-de-final. Ainda que tenha um cruzamento de chave muito mais complicado do que Daniel, pois terá como próximo adversário o experiente alemão Nicolas Kiefer, e em uma eventual semifinal cruzará com o vencedor do duelo entre o perigoso russo Igor Andreev e o ascendente francês Jeremy Chardy, vejo no Bellucci um algo a mais, que pode colocá-lo não somente na final deste ATP, como também no top 50. É claro que ainda é muito cedo para fazermos determinadas previsões, mas pelo menos vamos sonhando com uma final entre brasileiros em Gstaad.
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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Papai Federer é a bola da vez no mundo do tênis


Não bastou a conquista do recorde de títulos em torneios de Grand Slam, conseqüência da conquista consecutiva nos torneios de Roland Garros e Wimbledon, para que Roger Federer fosse o grande nome do tênis nos últimos meses.
Como o próprio suíço já havia anunciado alguns meses atrás a gravidez de sua esposa, Miroslava Vavrinek, popularmente conhecida como Mirka, a pergunta imposta pelos jornalistas era em relação ao sexo da criança. De maneira educada, como lhe é de costume, Federer soube driblar os especuladores, e manter a pergunta no ar.
Porém, na noite da última quinta-feira, sem qualquer anúncio antecipado, Mirka deu a luz à duas meninas. Charlene Riva e Myla Rose são as "poderosas herdeiras" do sobrenome Federer.
O assunto em questão agora é: qual a prioridade de Federer de agora em diante? É óbvio que as filhas, além do amor, requer uma renovação de vida por parte do suíço. Será que ele saberá conciliar a correria da vida de papai com o circuito internacional de tênis, que cada vez mais exige uma maior ida e vinda dos jogadores? Bem é verdade que "Fedex" declarou que um dos desejos de Mirka, é que seus filhos pudessem vê-lo jogando tênis profissionalmente, o que deve servir de motivação para quando as suas filhas estiverem com idade suficiente para acompanhar uma partida de tênis, ele esteja jogando em alto nível. Um bom exemplo à ser seguido é o norte-americano Andre Agassi, aposentado desde 2006, mas que durante alguns anos, viajava para os torneios acompanhado da esposa e ex-tenista Steffi Graf, e dos filhos Jaden Gil e Jazz Elle.
Se seguir os passos de Agassi, que se aposentou apenas aos 36 anos de idade, Federer ficará um bom tempo em ação. Os fãs de tênis agradecem.
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domingo, 19 de julho de 2009

Festa brasileira em challengers nesta semana


Em duas finais de torneios de nível challenger nesta semana, o tênis brasileiro teve o saldo de 100%. Curiosamente, nas duas ocasiões o adversário dos brasileiros foi um tenista argentino.
Marcos Daniel mostrou que não é por acaso que é apelidado de "Rei da Colômbia", conquistando mais um título na capital Bogotá. O seu adversário na decisão foi Horacio Zeballos, tenista canhoto e que possui um ótimo saque, porém, que peca pela instabilidade. A vitória foi suada, decidida apenas no terceiro set, com parciais de 4x6, 7x6 e 6x4. Com o título, além de dar um bom salto no ranking, Marcos Daniel garante também a vaga para a disputa do US Open, último Grand Slam da temporada, que tem início no final do mês que vem. Vale destacar que este é terceiro título em torneios challenger que o gaúcho Daniel conquista em 2009, tendo triunfado anteriormente em Marrakesh e Zagreb.
O outro grande resultado brasileiro veio com Thomaz Bellucci. O paulista finalmente fez as pazes com os bons resultados, ao conquistar o título no challenger de Rimini, na Itália, derrotando Juan Pablo Brzezicki de virada, com parciais de 3x6, 6x3 e 6x1. Este foi o primeiro título de Bellucci na temporada, o que serve de ânimo na luta para retornar ao top 100 do ranking mundial.
Ao analisar Marcos Daniel, chega a ser surpreendente o fato de ele estar agora, aos 31 anos de idade, na melhor forma técnica e física, já que costumeiramente é nesta faixa etária que os tenistas começam a perder a intensidade. Porém, basta acompanhar uma de sua entrevista para perceber o quanto centrado é Marcos Daniel, passando sempre um ar de seriedade, e mostrando que mesmo com a idade um pouco elevada, ainda possui metas e ambições para evoluir e obter resultados mais audaciosos.
Já ao falarmos de Bellucci, ele mostra que o fato de ter deixado o top 100 não foi um "fim de mundo" para ele. Era óbvio que o risco de cedo ou tarde deixar este grupo era enorme, pois ele se arriscava (e na minha opinião de maneira correta) no qualifying de torneios maiores com o intuito de adquirir experiência e evoluir o seu jogo. A diferença de nível era enorme, e o paulista teve uma queda significativa de posições. Por outro lado, ele é um jogador jovem, e que precisava arriscar para conhecer as dificuldades maiores do circuito. Acredito que em breve teremos este jogador de volta ao top 100, e agora com mais experiência e bagagem, arrisco-me à dizer que ele entra para ficar, e quem sabe beliscar uma vaga no top 50 da ATP.
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domingo, 12 de julho de 2009

Semifinais definidas na Davis. Argentina decepciona


A Copa Davis 2009 certamente será lembrada como a edição das surpresas. Primeira equipe a causar estragos, Israel não teve dó nem piedade da todo poderosa Rússia e marcou fáceis 4x1. Os Estados Unidos, por sua vez, que não puderam contar com a presença do embalado Andy Roddick, que preferiu ficar ausente para se recuperar fisicamente, bem que tentou, mas a má fase de James Blake é evidente, e ele conseguiu "roubar" apenas um set de Marin Cilic, vendo a sua equipe ser eliminada pela Croácia.
Já a Espanha, mesmo sem o seu principal astro, Rafael Nadal, conseguiu derrotar a Alemanha apenas na quinta partida. Nesta, Juan Carlos Ferrero soube usar a sua experiência para derrotar Andreas Beck por triplo 6x4. Será a volta do "Mosquito” (apelido de Ferrero) aos seus melhores dias? Pelo menos neste ano ele voltou a ganhar um título, conquistado no ATP de Casablanca, no Marrocos.
E a Argentina, atual vice-campeã da tradicional competição por equipes, foi derrotado pela República Tcheca, e mostrou que não poderá depender apenas de Juan Martin Del Potro.
Delpo, diga-se de passagem, fez o seu papel com maestria diante dos tchecos. Venceu Ivo Minar e Tomas Berdych sem ceder sets, porém, faltou outro nome de maior experiência para ajudar a garantir o terceiro ponto. Neste caso, ficou evidente a falta que Nalbandian faz à equipe, porém, arrisco-me à dizer que, caso queira vencer a Davis, a Argentina precisa urgentemente investir em uma dupla de qualidade. A parceria formada por Jose Acasuso e Leonardo Mayer não tinha nenhum ingrediente para funcionar. Acasuso sempre foi um jogador instável, enquanto que Mayer não possui experiência necessária neste tipo de competição.

Agora, entre os dias 18 e 20 de setembro serão conhecidas as equipes finalistas. A Espanha jogará em casa diante de Israel, e muito provavelmente terá a volta de Rafael Nadal. Neste caso, acredito que Israel dificilmente causará um novo estrago. Na outra semifinal, Croácia e República Tcheca medem forças em solo croata, no que deve ser um duelo extremamente equilibrado. Se fosse para apostar alguns dólares, ficaria com os tchecos, pelo fato de terem uma dupla mais regular.
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sábado, 11 de julho de 2009

A tradição da Copa Davis

A Copa Davis sempre foi uma competição especial no mundo do tênis, marcada por partidas memoráveis, e algumas vezes por incríveis zebras.
Para ilustrar esta afirmação, vamos voltar um pouco no tempo. No ano de 2001, o Brasil enfrentava a Austrália pelas quartas-de-final da tradicional competição por equipes, jogando no saibro na cidade de Florianópolis. Gustavo Kuerten, o então Rei do saibro, tinha a missão de fazer jus ao seu favoritismo diante da equipe australiana, que não contava com tenistas especialistas na superfície lenta. No primeiro dia de disputas, Guga contou com a desistência de Patrick Rafter para vencer, porém, no domingo, último dia de disputa, o manezinho da ilha não conseguiu segurar o ímpeto de Lleyton Hewitt, e foi derrotado por três sets a zero. Com isso, o Brasil foi eliminado, e perdeu a chance de disputar a semifinal pelo segundo ano consecutivo.
Um ano depois, no confronto entre Estados Unidos e Espanha disputado em Houston, e em quadras de grama, tudo levava a crer que Pete Sampras varreria qualquer espanhol com extrema facilidade. E não era para menos, já que Sampras sabe como poucos os segredos da quadra de grama, não sendo à toa que levantou por sete vezes o troféu de campeão em Wimbledon. Porém, o que parecia impossível aconteceu, e Alex Corretja mesmo estando dois sets atrás do norte-americano, conseguiu o que parecia impossível ao conseguir a milagrosa vitória no 5º set.
Já na última edição, em 2008, a Argentina jogava a decisão em casa diante da desfalcada Espanha, que não contava o seu principal tenista, Rafael Nadal, que estava lesionado, o que credenciava a equipe sul americana como a grande favorita. Porém, a Espanha soube lidar com a adversidade, e conquistou o título tendo Fernando Verdasco como o grande herói da equipe.
Para finalizar, agora em 2009 a bruxa resolveu voltar a dar as caras na Davis. Jogando em seus domínios, a equipe de Israel, mesmo sem contar com um jogador renomado, fez a festa da torcida, e conseguiu a improvável classificação à semifinal ao derrotar a versátil equipe russa ainda no jogo de duplas.
Em outros duelos, equipes de tradição como Argentina e Estados Unidos, estão em desvantagem de 1x2 diante de República Tcheca e Croácia, respectivamente, enquanto a atual campeão, Espanha, está em situação oposta, com 2x1 de frente.
Para os norte-americanos, mesmo com a vitória dos irmãos Bryan nas duplas, acredito que será muito difícil segurar o ímpeto croata no domingo, ainda mais pelo fato de James Blake não atravessar boa fase, e Mardy Fish, assim como ele mesmo, não costuma se sair bem no saibro, piso aonde o duelo é disputado. Em relação à equipe da Argentina, mesmo estando atrás do placar, ela tem condições de reverter o placar e seguir lutando pelo tão sonhado título da Copa Davis. Juan Martin Del Potro está em boa fase, e acredito em sua vitória em quatro sets diante de Tomas Berdych, o que deixaria a decisão para o quinto jogo, aonde Juan Monaco enfrenta Ivo Minar, ou até mesmo quem sabe Radek Stepanek. Para mim, um quinto jogo neste duelo vale 50% de chance para cada equipe.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O que esperar do circuito masculino no segundo semestre


Até meados de maio, o circuito masculino de tênis parecia que "dançava conforme a música". Rafael Nadal começou o ano melhor do que de costume, conquistando o título do Aberto da Austrália, e um mês depois triunfando no Masters 1000 de Indian Wells. Em seguida começou a temporada européia em quadras de saibro, aonde, inicialmente, ele fez jus ao favoritismo, conquistando três títulos consecutivos, no Masters 1000 de Monte Carlo, ATP 500 de Barcelona e Masters 1000 de Roma.
Porém, à partir de maio começaram as baixas para o espanhol, à começar pela derrota na final do Masters 1000 de Madri diante do seu rival, Roger Federer. Em seguida, no torneio de Roland Garros, o espanhol conheceu uma das mais dolorosas derrotas de sua carreira. Em jogo válido pela fase oitavas de final, ele não conseguiu segurar o ímpeto do sueco Robin Soderling, que esteve com o saque, e, sobretudo com o seu forehand, afiados, e foi derrotado por três sets a um. Vale lembrar que esta foi apenas a sua primeira derrota no charmoso evento francês.
Com Nadal fora da jogada, Federer soube aproveitar a oportunidade, para enfim conquistar, e digo que com todos os méritos, o único Grand Slam que faltava em sua coleção, e, ainda por cima, igualar o norte-americano Pete Sampras em títulos de Grand Slam, com 14 conquistas.
Após o torneio, Nadal revelou sofrer com uma tendinite no joelho, e, alguns dias depois, desistiu de defender o título do torneio de Wimbledon.
Mais uma vez sem a presença do até então número 1 do mundo, Federer soube lidar com o seu emocional, e, pela sexta vez em sete anos, conquistou a taça em Wimbledon, desta vez em uma batalha épica diante do norte-americano Andy Roddick, decidida apenas com 16x14 no quinto set. Com a conquista, além de se tornar isoladamente o maior campeão de Grand Slam de todos os tempos, Roger Federer recuperou o posto de número 1 do mundo, posição que não ostentava desde agosto de 2008.
Após este primeiro semestre, algumas perguntas ficaram no ar. Primeiro, em relação à Nadal, será que o touro espanhol voltará com força total após o a recuperação de seu joelho? Vale destacar que neste período do ano, por se tratar de torneios em quadras duras, a tendência é de que este tipo de superfície castigue ainda mais o joelho do espanhol. Por outro lado, acredito em sua total recuperação, até mesmo pelo fato de ele ser jovem, ainda que admito que ele deverá fazer algumas adaptações ao seu jogo, excluindo aos poucos as freadas bruscas, para evitar que tenha um fim triste, assim como Gustavo Kuerten.
Quanto ao Federer, obviamente que a tendência é de que ele esteja ainda mais solto. Ele já tirou uma enorme pressão das costas ao conquistar em Roland Garros o único Grand Slam que faltava em sua coleção, e, após recuperar o troféu em Wimbledon, ele mudou consideravelmente o rumo desta temporada.
Resta saber agora se algum outro tenista conseguirá enfrentar de igual para igual os gênios Federer e Nadal. Andy Murray, ainda que oscile em determinados momentos, já provou que tem cacife para brilhar. É um jogador versátil, de técnica apurada, e que conta com um excelente jogo de defesa. Novak Djokovic fez até antes de Roland Garros, uma boa temporada em quadras de saibro. No evento francês decepcionou ao cair na terceira rodada. Depois acumulou um vice-campeonato na grama de Halle, e as quartas de final em Wimbledon. É um jogador de golpes potentes, e que com a cabeça no lugar certamente duelará igualmente com todos. Juan Martin Del Potro, na minha opinião tem tudo para fazer um final de temporada espetacular, e garantir pelo segundo ano seguido, a vaga na Masters Cup, já que atuará na superfície que mais aprecia, e aonde o seu jogo rende mais. Em Roland Garros ele deu mostras de que veio para ficar, quando perdeu para Federer apenas nos detalhes. Destaco ainda, a sua vitória diante de Nadal no Masters 1000 de Miami, no começo do ano. Por fim, Andy Roddick mostrou à todos que é um tenista renovado. Digo isso não somente pelas dificuldades que causou para Federer na final de Wimbledon. Ele ainda alcançou pela primeira vez as oitavas de final em Roland Garros. Tudo isso é fruto do trabalho com o treinador Larry Stefansky, já que ficou nítida a sua maior versatilidade do fundo da quadra. O seu backhand, ponto de seu jogo que sempre foi explorado pelos adversários, melhorou consideravelmente, ganhando profundidade e potência. Apresentem o Stefansky ao Carlos Moya.
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