sábado, 5 de setembro de 2009

Em dia de sufoco para os favoritos, Roddick e Sharapova caem no US Open

A rodada deste sábado, dia 5 de setembro, no US Open, foi marcada pela extrema dificuldade que os principais favoritos enfrentaram dentro de quadra.
Os primeiros a sentirem o "drama" foram o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic, respectivamente os cabeças de chave número um e quatro. O suíço, diante do australiano Lleyton Hewitt, ex número 1 do mundo, mas que busca recuperar a sua melhor forma, esteve em dia apático, cometendo diversos erros não forçados, e barrando em determinados momentos na regularidade do fundo de quadra do australiano. Mesmo assim, conseguiu colocar as coisas no seu devido lugar e avançar as oitavas de final com vitória por três sets a um. Com a vitória, ele ainda garante a permanência no topo do ranking mundial pelo menos até o final do Grand Slam norte-americano. Para avançar as quartas de final, ele enfrentará o vencedor do duelo entre o tenista local, James Blake, e o espanhol Tommy Robredo, dois de seus maiores "fregueses" no circuito.
O sérvio, por sua vez, enfrentou o americano Jesse Witten, mero número 276 do ranking mundial, e assim como o suíço, precisou de quatro sets para avançar. Em determinados momentos do jogo, Djokovic mostrou-se extremamente irritado com o seu rendimento, chegando inclusive a arremessar a raquete nos chão. O seu oponente nas oitavas de final será o tcheco Radek Stepanek, cabeça de chave número 15.
Quem não teve a mesma sorte foi o norte-americano Andy Roddick. Após estar perdendo por dois sets a zero para o seu compatriota John Isner, o dono do saque mais potente da história do tênis foi buscar o resultado, empatou o duelo, mas não resistiu e acabou derrotado no tiebreak no quinto set. O resultado foi extremamente frustrante, principalmente devido a grande evolução técnica mostrada no decorrer da temporada, fruto do trabalho com o seu novo treinador, Larry Stefansky. Com a inesperada vitória, o gigante Isner, de dois metros e cinco centímetros de altura enfrentará nas oitavas de final o espanhol Fernando Verdasco, cabeça de chave número 10 do torneio, e que também passou por uma "maratona" para avançar, ao derrotar o alemão Tommy Haas, no quinto set.
Além de Roddick, que também sentiu a dor da eliminação foi a musa russa, Maria Sharapova. Ela foi surpreendida pela norte-americana, Melanie Oudin, de apenas 17 anos, de virada, e não conseguiu emplacar após voltar de contusão. Oudin conquista assim a segunda vitória inesperada no torneio, já que eliminara na segunda rodada, a russa Elena Dementieva, quarta cabeça de chave. Para avançar as quartas de final, a jovem terá mais uma russa em seu caminho, já que enfrentará Nadia Petrova, décima terceira pré classificada. Alguém duvida de mais uma surpresa?
Para o tênis brasileiro, depois de todos os jogadores eliminados em simples, os nossos duplistas também disseram adeus ao torneio. Bruno Soares, ao lado do zimbabuano Kevin Ullyett, sairam na frente, mas levaram a virada diante do argentino Juan Ignácio Chela e do uruguaio Pablo Cuevas. Já André Sá e Marcelo Melo foram derrotados pelos austríacos Jurgen Melzer e Julian Knowle, também de virada. Com isso, perdem a chance de emplacar, já que ambas as parcerias colecionam resultados abaixo do esperado, principalmente nos torneios Grand Slam.
Apostas para domingo, dia 6 de setembro.
Tomas Berdych vs. Fernando Gonzalez - Gonzalez, 3x1
Jo-Wilfried Tsonga vs. Julien Benneteau - Tsonga, 3x0
Gael Monfils vs. Jose Acasuso - Monfils, 3x1
Marin Cilic vs. Denis Istomin - Cilic, 3x0
Nicolas Almagro vs. Rafael Nadal - Nadal, 3x0
Taylor Dent vs. Andy Murray - Murray, 3x0
Juan Carlos Ferrero vs. Gilles Simon - Simon, 3x1
Juan Martin Del Potro vs. Daniel Koellerer - Del Potro, 3x0
Daniela Hantuchova vs. Serena Williams - Williams, 2x0
Kim Clijsters vs. Venus Williams - Clijsters, 2x1
Vera Zvonareva vs. Flavia Pennetta - Zvonareva, 2x1
Francesca Schiavone vs. Na Li - Li, 2x1


Imagem extraída do endereço:

domingo, 30 de agosto de 2009

Bellucci garante mais um brasileiro no US Open. Mello e Julinho caem. E as meninas?


O saldo poderia ter sido muito mais positivo para o tênis brasileiro no qualifying do US Open, último Grand Slam da temporada, mas ainda assim, teremos uma boa quantidade de tenistas representando o Brasil.
Contando com três tenistas na fase decisiva do forte qualificatório, Thomaz Bellucci, Ricardo Mello e Júlio Silva tinham a missão de junta-se à Marcos Daniel e Thiago Alves, garantidos no milionário evento através de seus respectivos rankings. Na posição de cabeça de chave número 1 do quali, Bellucci foi o único dos três que obteve êxito, após vitória em dois sets diante do tenista local, Scoville Jenkins. Ricardo Mello não conseguiu superar o ímpeto do turco Marsel Ilhan, caindo em duas parciais, enquanto Júlio Silva fez um duelo parelho com o francês Josselin Ouanna, mas caiu por 6x4 no terceiro set.
Com a chave principal sorteada, o azar ficou mesmo com Thiago Alves, que terá a dura missão de enfrentar o australiano Lleyton Hewitt, ex número 1 do mundo. Marcos Daniel medirá forças com o imprevisível argentino Jose Acasuso, enquanto que Thomaz Bellucci enfrentará Yen Hsun-Lu, do Taipé, para tentar se vingar da derrota sofrida na primeira rodada do Aberto da Austrália no início da temporada.
Além destes tenistas, o Brasil também será representado em Nova Iorque na chave de duplas. André Sá jogará ao lado de Marcelo Melo, Thomaz Bellucci se uniu à Marcos Daniel, enquanto que Bruno Soares tem o experiente Kevin Ullyett, do Zimbabue.
Mesmo com uma boa quantidade de tenistas brasileiros no masculino, pesa contra o tênis brasileiro o fato de não termos sequer uma teniats disputando o evento nova iorquino, sendo que, nenhuma de nossas meninas se quer se inscreveram no qualifying. Na visão do ex tenistas Thomaz Koch, falta uma tenistas despontar para que outras passem a acreditar. "Vejo meninas esforçadas, mas não sei se está faltando acompanhamento. De repente, se uma der um salto, as outras vão atrás. Então o que está faltando é romper barreiras". Chico Costa, capitão da equipe brasileira na Copa Davis sentencia que a falta de torneios femininos no país dificulta a ascensão de alguma tenista. "É preciso passar por uma reestruturação, ter um grande número de torneios futures, que é uma coisa que nunca tivemos aqui. No momento em que mais técnicos de bom nível entrarem no tênis feminino, as coisas vão melhorar. Não é nada que não possa mudar, há pessoas dedicadas fazendo tudo certo, então tem que partir da Confederação apoiar mais o tênis feminino".